Retrato de um sonho
 
 

Tenho guardado
Fatos bem antigos
Numa linguagem marginal
De um discurso
Que falece sem vestígio
São fatos que anulam atos
Pela a ideação submissa
Com recortes marcados
Na brutalidade vertical e vão
Pelo grito que açoita
E tange o meu corpo suado
Para dentro de mim
No retrato do sonho
A solidão perdia a alma
Num semblante desfigurado
Recebo abraços abstratos
A noite se faz desfaz e refaz
Na página fotografada
Que envolve os olhos
De um mundo paternalista
Na condição surreal
Do sonho no retrato
Que ainda vejo
E verei...




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 25/11/2015
Reeditado em 25/11/2015
Código do texto: T5460567
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