Do Acalanto
Dorme menininho, seu soninho encantado
enquanto, ao lado, sonho acordado, sim!...
num jardim de encanto risonho, delicado,
que canta, calado, num acalanto em mim.
Dorme pois, agora, é hora de te olhar...
de te ver navegar no mar do encantamento...
num bem querer que, seu vento, doce a soprar,
sopra como se fosse ar pro meu ar sedento.
Ouço pelo seu nariz o que me diz a paz
pois sua respiração, pacífica e pura,
soa numa rica canção que canta ternura;
acalanta!...pacifica!...se há dor, desfaz!
num vindo sono curador que, curando, traz
o som que faz o amor quando, dormindo, cura.
25-11-2015
Para o neto Arthur.