SEXTA DE CHUVA
Quis álcool,
Mas preferi ficar sóbrio
Para compreender os últimos acontecimentos
Da minha vida.
Bebi um pouco de água,
Senti-me mais limpo, mais puro.
Como na época em
Que sobravam sorrisos.
Caminhei por horas sem destino
E sequer lembrei do meu antigo caminho.
Cheguei a conclusão que preciso de um novo,
Distante de tudo aquilo que me abateu.
Quis café,
Porém preferi ficar calmo.
Assim não desperdicei a minha força com a ansiedade,
Ou com outros sentimentos falsos.
Bebi muito leite,
Senti-me mais capaz, mais digno.
E assim dormir como a tempo não conseguia.
Se me perguntares se ainda a amo,
Responderei a verdade sem medo: - Não.