sem titulo 11

“De repente calou-se o silêncio

morreu-se o tempo de espera

silencioso e inquietante instante

preliminar prolongada ao máximo

como um sopro veloz, ofegante

um absurdo de cores mescladas

desceu-se o véu impuro das mentes em silêncio

ouvia-se somente lágrimas e alguns passos de dança

mas longe, infinitamente longe

ao norte da fome

a deriva da morte

pobre sujeito sem sorte, sem dote

o que será de você ?

e o silêncio reclamava

desta vez tão alto que podia-se ouvi-lo

longo...

longe...

bem longe...

ao sul do azul

onde abrimos as portas verdes

mas não guardamos as chaves

(se é que as tivemos!)”