DESPERTAR

DESPERTAR

Madrugada me chama

Clama a chama da vida

Desperto com café

Com notícias que não dormem

Armazenadas no papel

Junto ao pão amanhecido

O clarear do céu

O canto do vizinho galo

Dos pássaros ressuscitados

O ruído dos humanos

E a noite vai-se

Para o outro lado

Que agora vai dormir

Em paz não profunda

E certamente voltará

Para trevar de novo

Este pequeno pedaço

De um velho mundo

Que gira sem dormir

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 22/11/2015
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