DESPERTAR
DESPERTAR
Madrugada me chama
Clama a chama da vida
Desperto com café
Com notícias que não dormem
Armazenadas no papel
Junto ao pão amanhecido
O clarear do céu
O canto do vizinho galo
Dos pássaros ressuscitados
O ruído dos humanos
E a noite vai-se
Para o outro lado
Que agora vai dormir
Em paz não profunda
E certamente voltará
Para trevar de novo
Este pequeno pedaço
De um velho mundo
Que gira sem dormir