Camponês I

mulher gentil,

quão pobre

minhas mãos ardis

cabem numa forma

de um pão?

e deste regalo,

meu fardo

enterrado em terra

tão dura como

pedras a cobrir

dois cerros louros

confessas

da estribeira

de soberba,

desgoto e bruto

de um rato de parteira?

deitei-te em chão

com braços fardos

de um homem vil,

já sem rosto

por desgosto,

e amor à mulher gentil

Jeronimo Collares
Enviado por Jeronimo Collares em 21/11/2015
Reeditado em 07/01/2019
Código do texto: T5455898
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