UM NADA

UM NADA

Uma saudade danada

Do que não aconteceu

Do que não viveu

Viveu um nada

Recheado de fantasia

De lugares descolados

Com importantes ao lado

E tudo foi sempre um quase

Quase amor

Quase paixão

Quase encontrão

Quase na mão

Tudo grande embuste

De um passado vazio

Que tenta encher-se

De doces recordações

Que não passam

De grandes ilusões

Que talvez com alguma sorte

Aconteçam após a morte

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 19/11/2015
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