Rosas e espinhos

Rosas e espinhos

Cálidas ,balançam ao sabor do vento sem se preocupar

Insólitas, suas pétalas desfilam na brisa suave na manhã fria

Seus espinhos escondem gotas do vermelho sangue

Das dores e tristezas de meus tristes ais

Como podem esconder em tua estampada beleza

Tão fria e tão serena cruel personificação

Que arrebatas num grito lancinante de tão grande dor

A falta em teu coração do verdadeiro amor

Diante de tua platéia, tu reluz e brilha feliz

Consegues até a ti mesma convencer

Porém a verdade, tão pura e tão real

Dela não consegues fugir e esconder afinal

Um dia teu palco esvaziará, ficarás solitária;

Não terá mais que novamente personificar

Esta mulher amável e cândida que não és,

Hoje pode estar rodeada,não sabes amar

Neste campo que outras rosas procuram sobreviver

Você a muito enganou e fez sofrer

Como podes tamanha beleza, esconder tão grande desengano,

Não enganas mais a mim que tanto fizeste sofrer

Gilmar 23 janeiro 2005