Estratégias.
Aqui jazo eu e
As engrenagens dessa máquina-tempo.
Estão desreguladas e o relógio não cumpre seu intento.
A ferrugem corroeu as peças internas
Emperrou os ponteiros, agora impontuais.
Não há risos na sala, só ais...
Nenhum vigia espia, na janela do farol
Lá longe, apagado, e o navio à deriva, aproxima-se do caos!
O iceberg do medo está à espreita, não há esquerda ou direita.
Os lados opostos se misturam e nada mais fica em ordem.
Um turbilhão de partículas colide e declara-se o fim.
Esse tempo acabou, mas a eternidade existe e insiste
Está ali, diante de tudo, luz e escuridão.
Nos sóis e planetas desse universo inconcluso,
Nesse desregulado mundo em que orbita minha memória
E toda ilusão que um dia abracei,
Apago tudo!