Estratégias.

Aqui jazo eu e

As engrenagens dessa máquina-tempo.

Estão desreguladas e o relógio não cumpre seu intento.

A ferrugem corroeu as peças internas

Emperrou os ponteiros, agora impontuais.

Não há risos na sala, só ais...

Nenhum vigia espia, na janela do farol

Lá longe, apagado, e o navio à deriva, aproxima-se do caos!

O iceberg do medo está à espreita, não há esquerda ou direita.

Os lados opostos se misturam e nada mais fica em ordem.

Um turbilhão de partículas colide e declara-se o fim.

Esse tempo acabou, mas a eternidade existe e insiste

Está ali, diante de tudo, luz e escuridão.

Nos sóis e planetas desse universo inconcluso,

Nesse desregulado mundo em que orbita minha memória

E toda ilusão que um dia abracei,

Apago tudo!

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 19/11/2015
Código do texto: T5454079
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.