Pobre hábitat contemporâneo
1.
Caminhamos como bípedes no telúrico elemento,
Elevamos o olhar ao elemento celícola,
Contemporaneamente maculado, digno de lamento,
Acima dessa terra degeneradamente selvícola!
2.
Olho ao céu que é recíproco ao meu olhar;
Olha-me ele com olhos lacrimosos,
Expressando tácita desdita a chorar
E mui desejando exprimir em termos lamuriosos.
3.
Selva férrea sob céu de melânica epiderme,
Corrompido por espessa poluição pezenha!
Esta que percorre sua vastidão como pestilento verme,
E o céu implora a quem puder salvá-lo venha!
4.
Pobre ser humano contemporaneamente fútil!
Ignorando o passado vivo na reminiscência necessária,
Quando outrora eras legitimamente útil,
Não sendo imperativa essa futilidade desnecessária!
5.
Gostaria que o que é telúrico em si,
Assim como o célico que de fato é,
Volte a ser vergel elemento e nossa madre sy,
E aqueloutro azulado ebúrneo e primevo elemento da fé!
6.
Como bípedes então, caminharemos naquela a quem ofertamos o nosso respeito,
Telúrica Terra Géia Yby que nos abriga!
E haveremos de olhar ao Céu Úrano Ybaca e aspirar cheio peito,
Não necessitando do imperativo: “a Sensatez à mesura nos obriga”!