Flores Virais!
Viagem ao centro da lata, a letra escuta,
Curta é a fibra sobre o leito, pinta & o peito nu,
Faz cara de virgem, tampa estrelada, ferradura,
Feros espinhos, água desperdiçada, alça de duna,
Frangalhos afoitos vociferam entre agouros,
Lua moura sobre o céu que cai na madrugada,
Lamentos sem destinos apropriados em profusão,
Cansados & confusos, alguma calma, maresia,
Trocando a pilha, uma erótica devassidão,
Tríade de miragens ao desvelo do olho, fome,
Da ação que corta o tempo, supra a alta voragem,
Instiga, embarques & desembarques, entroniza,
Sinta o toque da mão sobre a pele do seio, já,
Subiu pelas entranhas o calor do teso ávido,
Bambeou as pernas com os múltiplos gozos...
Da lata, que vinga o centro, escuta a viagem, ar,
Letra que encurta o leito na fibra, toda nua,
Fechadura aberta, estréia a tampa escarlate,
Flores sensuais sobre as alças que caem do corpo,
Fantasmas foragidos com a intensidade da volúpia,
Lua navegante sobeja com a ardência do tempo,
O que se escuta são os ritmos de tantos gozos,
A boca sobre um seio, a mão no outro, suspiros,
Pede mais um beijo, olhos semicerrados,
A mente vaga em cada toque que o delírio faz,
Quantas sejam as estocadas que o próximo gozo pede,
Vira para o descanso, beijos em suas costas, sedução,
Até o teso tomar o flanco num imaginário sutil,
A boca solta um suspiro múltiplo de desejos insanos,
Corpos largados a exaustão, esperando os próximos movimentos...
Peixão89