HOJE,

Eu achei que não havia riscos

em procurar de novo,

em cada canto escondido,

aquilo que eu vi, me via

ali, despercebido,

achei que estava protegido.

Hoje

supus que era simples,

que era possível, admissível,

sentir a brisa leve, de um arfar contido

a sussurrar meu nome, incompreensível.

Hoje

eu me convenci que era fácil,

e plausível, beijar sorrateiramente

a suave face oculta,

do amor esquecido.

Hoje,

plantei uma pequena flor

em meu peito envaidecido,

mas só hoje, vou dormir

tranquilo, iludido;

pois amanhã, no sol nascente,

pouco depois do dejejum,

eu vou chorar arrependido,

aguas de saudade,

de um tempo perdido.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 17/11/2015
Código do texto: T5451292
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