Alimento sadio em mente sã
Esperando que a chuva passe
Esperar o sol chegar
O chão molhado esperando meu pisar
Esquecendo que posso machucar
Terra que alimenta
Esquecendo a cor da pele que ali está
Nascendo o caule e cada um podendo dele alimentar
Terra que não sabe analisar qual a intenção de qualquer pisar
O sol chega entrando onde deixam entrar
O céu escurece quando a nuvem quer aproximar
Liquefaz o vapor da água que vaporizou
A água volta à terra em qualquer lugar
Como pode o homem querer controlar
Querendo sugar tudo que a terra possa dar
Brincando com a natureza
Não avalia quanto vale tanta fraqueza
É tarde quando sente tanta pobreza
Nem querendo consertar o erro abraçado
Não aceita a lógica da natureza
Bondosa, a terra sofre e ignora a realeza
Terra fria e caridosa
Tem muita força e formosura
Ninguém sabe como vem a cura
Bebe e suga todo néctar e cultura
Morre o broto, a folha cai
Brota a semente sem ninguém ter semeado
A ganância chega voraz, saqueando
O fruto já não é o mesmo que plantam
Os pássaros e os grilos, o latifúndio espantam
O verde que tanto encantam
Vem a seca e tudo sentem
Os grãos sentem, doentes vendem
Alimentos venenosos
Produzidos e manipulados
Povo doente, enganam a mente
Hospitais cheios, corpo cheio e cabeça demente
Terra firme sem a água que a sede mata
Esperando calma o nutriente natural
Com tratores e agrotóxicos pulverizados
Hoje diz que o mundo está civilizado
Vivendo com estomago envenenado