Caminho Suave
Escolhi trilhar a estrada de tatame
Descalço, de kimono e faixa.
Meu caminho não é suave por serem menores as dificuldades
Mas sim por ser maior a técnica
Nada opera a força onde a mente não impera.
Meu caminho é o equilíbrio
Entre a mente e o espírito
A força e a agilidade
A minha luta é suave
Meu caminho é a arte
Milenar do judô.
Arte, pois nasce e renasce como a fênix
Soberana, que não arde apenas no calor do fogo
Mas mesmo entre as cinzas levanta
E seu ciclo nunca se finda.
A arte de caminho suave
Não é derrubar o oponente
Mas levantar-se dez a cada nove quedas
E aprender a cada vez que erra
Sou o lutador honrado
Do kimono pronto, da faixa sempre disposta à luta
Do saber milenar de sábios antigos
Que saúda a história dos antepassados
que o trilharam antes
E estende a mão aos que pela primeira vez descalçam os pés
Sou o tempo, a mente
A calmaria do rio
A força da corrente
Sou o sopro do vento
A velocidade da corsa
Eu sou judoca.