o riso do rio

esse rio que não mais rir

leva consigo o meu riso

no seu leito de morte

onde jaz

em óbito

aquele rio

que não mais rir

leva em seus braços

os sorrisos de nossa gente

de toda gente

e sem as sementes do seu riso

maltrapilho se encontra nos jaziguos

perpétuos dos descasos

enguanto riem-se os lucros

no malvado sorriso do destino assassino

malvado alado

conspirado, planejado

no silêncio covarde

de futuros íngremes

das dores que se fazem presentes

nas lonjuras

e funduras

de horizontes

calados

vai leva e lava

as nossas mágaos

em nossas almas feridas

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 15/11/2015
Reeditado em 15/11/2015
Código do texto: T5449091
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