UM TOM QUALQUER

Dê-me um tom qualquer

Só para que eu possa adentrar a avenida

E nela desfilar minha solidão, em cima de saltos que esmagam os dedos para que qualquer dor física possa enganar a dor do coração

Dê-me um tom qualquer

Só pra que eu possa adentra a avenida

Embaixo de uma chuva que leve com ela minhas lágrimas que escorrem de forma incessante

Dê-me um tom qualquer

Só para que eu possa adentrar a avenida

Fazendo pura poesia doída

Dê-me um tom qualquer

Só pra eu adentrar a avenida

Com o fim de mostrar meus passos doídos, solitários e cansados

Dê-me um tom qualquer

Só pra que eu possa adentrar a avenida

Para que pela última vez possa mostrar meu cansaço e por fim afirmar que de amores eu não vivo mais

Agora ando de mãos dadas com a solidão