UMA DAS MUITAS
UMA DAS MUITAS
Cadê o povo que exigia neste Brasil,
Aquele que falava de um povo varonil?
Temos rebeliões nem muito estudadas,
Às vezes até mesmo pouco lembradas,
Você saberia lembrar o que foi Cabanada?
Já inicei este poema dando-lhe a ferroada.
Movimento que ocorreu no Pernambuco,
Querendo o retorno do Rei, coisa de maluco.
Hoje já não há mais Inconfidência Mineira
Há apenas o carnaval falando besteira.
Vão para rua chorar centavos, por quê?
Se o amanhã tudo é esquecido, pra que?
Morre a língua dos farroupilhos mortos,
Os caras pintados tiram e ele volta nos confortos,
Cadê a lei sendo cumprida para os graúdos?
Hoje apenas para justos que são os miúdos.
Nós nos esquecemos de tudo que era de direito,
Os drogados são tratados com mais respeito
As vitimas são jogadas nos hospitais lotados
Com os seus destinos muitas das vezes já selados.
Triste ironia do país do Carnaval e da alegria,
Que é sombrio a pesar do sol e toda a folia...
Acorda meu povo brasileiro...
Então viraremos um povo estrangeiro...
André Zanarella 28-06-2013