PRA PERDER A RAZÃO
Quando o bicho pega a gente pega o bicho,
a gente não se entrega nem se ilude não.
Tem sangue na veia, tem sonhos latentes,
que se adormecem um dia acordarão.
Se a coisa piora faço uma canção,
moda de viola, violão e voz.
Saio assoviando por qualquer razão,
pois de coração foi feita pra nós.
Morena teu beijo não sei descrever
só sei que é tão doce que nem algodão.
É como se fosse o teu bem querer
mel de uruçu na palma da mão.
Morena me deixa saudade. saudade num me deixa não.
Fica uma lembrança graúda, garrada na inspiração.
Entre o desejo e a emoção deixa uma distância miúda,
uma linha fininha, uma força sisuda, descompassando a razão.
Saulo Campos - Itabira MG