P R E C I O S I D A D E S (5)
À noite, como deve sentir-se solitário o vento
Quando todos apagam a luz,
E quem possui um abrigo
Fecha a janela e vai dormir.
Ao meio-dia, como deve sentir-se imponente o vento
Ao pisar em incorpórea música,
corrigindo erros do firmamento
E limpando a cena.
Pela manhã, como deve sentir-se poderoso o vento
Ao se deter em mil auroras,
Desposando cada uma, rejeitando todas
E voando para seu esguio templo, depois.