Salve o dia
O Que seria do desequilíbrio/
Sem o equilíbrio/
O que seria da escuridão/
Sem a luz/
O que seria de você/
Sem mim/
O que seria do será/
Se não fossemos nós /
O que seria de nós/
Sem as flores, o rio e os pássaros/
Na ordem que a gente enxerga/
Que a gente inventa priorizando necessidades/
Desnecessárias/
A gente subtrai da alma/
A capacidade de vislumbrar a essência/
Deixando perder a inocência/
Esquecendo de vez o âmago das forças/
E assim, nos tornamos desumanos/
Criamos robôs/
Inventando jogos mortais no computador/
Filmes pornôs/
Drogas/
Assentados na própria miséria/
Honramos a fome e outras mazelas/
Nem nos damos conta/
Mas paulatinamente os amigos do rei/
Inimigos do Estado/
Egoístas e pobres escravos/
Acabamos com a era/
E se ainda os atos não te desespera/
O que hoje é tormento/
Amanhã, continuando a insanidade/
Prostituindo ainda mais a moralidade/
A esperança, escassa/
Com certeza encontrar-se no leito cativo de uma eternidade/
Conhecida na cidade/
Como a morte/
Está na hora de voltar a amar/