No beijo da chuva
Sigo por onde entro
Na viela que surge o dia
Pelo orvalho que resfria a rosa
E depois deita no silêncio
Que guardo inteiro
No meu caos intrínseco
Sinto nos olhos
A lembrança
Daquele sonho
Que caminha sobre o vento
E no beijo da chuva
Atrai a liberdade em lágrimas
Na fragilidade distante
Seu olhar passa pela paisagem
E entra em mim
Fico me vendo à toa
No abismo do tempo
Que tropeça pelos becos
E o sal do céu cai no mar
Que gira em forma de vida
Tirando do ar a água
Nas ondas
Que vão e vem
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