RADIOGRAFEI A VIDA
Escrevi poemas
no banho da solidão
das lágrimas perdidas
pelo verde dos olhos.
Nos bancos das praças,
colhendo uma flor
sem o sentido de
ser oferecida.
Escrevi poemas das
angústias envelopadas pela
aparência de não sofrer.
O degrau perdido
quando os degraus
foram oferecidos.
Escrevi poemas
dos lábios puros
que se tornaram
lixo nas sarjetas
e de pneus que murchuram.
Radiografei a vida.
Escrevi poemas
no banho da solidão
das lágrimas perdidas
pelo verde dos olhos.
Nos bancos das praças,
colhendo uma flor
sem o sentido de
ser oferecida.
Escrevi poemas das
angústias envelopadas pela
aparência de não sofrer.
O degrau perdido
quando os degraus
foram oferecidos.
Escrevi poemas
dos lábios puros
que se tornaram
lixo nas sarjetas
e de pneus que murchuram.
Radiografei a vida.