Arte que arde
De tudo que é infinito
Sobra uma vírgula
Um cinismo
Um riso.
De tudo
Eu sou metade
Me desdobro em partes
O que sobra?
Uma arte
Que arde.
Da sobra eu sou uma alma penada
Que vaga por aí,
Sem luz
Sem graça.
Pois cansei de andar
E não viver da minha pobre arte.
Que me acende,
Que me arde.