CRISTAL
 
Aquelas mãos me conduzem,
 me induzem ao espaço
 de um tempo que faço,
 que uso, que tramo, envolvido.
 
 Me inquieto, dissolvendo-me,
 sal que não resiste,
 à invasão da água dissolvente.
 
 Me refaço cristal, lento,
 mas pleno na resolução
 que se fez promessa prismática.
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 09/11/2015
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