SAGA

Sinto sede de uma água passada

mas quando a bebo

nunca sou saciada

Sinto fome de um coração pulsante

fome que agora é nutrida

por um presente distante

Sinto o vazio de uma mente

o tempo corre, tropeça e levanta

mas a completude torna-se mais ausente

Sinto o alívio de quem se apaga

e desconstrói o mundo

em sua própria saga

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 09/11/2015
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