A Pele e o Vento

descrever o que sinto

que escorrega da ponta do lápis

pintar, desenhar sentimentos

palavras lançadas, traçadas,

caídas, saídas

tecendo uma poesia na pele do vento...

palavras surdas que só eu sei ouvir

como uma musica de ouvido que me faz sorrir

fala de noites de sonhos para sonhar

ternuras que são rosas

o vento sopra

e a poesia nua acorda ...

sussurrante

como uma brisa morna estremecendo

canta para a lua seus versos

minhas mãos seguram

sinto nas costas a leveza

inundam-me e sonho

a madrugada sempre volta

a poesia sempre desabrocha

e a vida fica inteira

nos caminhos da pele do vento.

*

28/06/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 28/06/2007
Reeditado em 28/06/2007
Código do texto: T544250