O SONO DAS ÁGUAS
As águas rastejam no leito do rio
Lentamente, num sono de eternidade,
Pousando em bolsões, sonhos de areia
Seguem para os lagos mansos, cama calma.
Marasmo, languidez, preguiça de seguir
De ser mar, de ser turbulento oceano.
Águas sonolentas fluxo lento sem tempestade
Dormem nas curvas lamacentas do leito, do seio
Dessas águas calmas, sem sonhos verdadeiros
Além dos peixes coloridos e suas bolhas em suspensão turva.