MINHA COVA
Não tragam flores para meu túmulo,
Quem disse que os mortos desejam flores!
Mas valerão essas flores,
Ofertada a um amor,
Tão bela as flores não valem morrerem sobre uma cova triste e a cal!
Não tragam lágrimas para meu túmulo,
Nunca fui chegado a lágrimas,
Talvez beber ou quem saber amar, mais amar muito,
Seja melhor, que ir ao meu sepultamento!
Falado a verdade, amar sempre será melhor.
Não tragam lembranças de dias perfeitos,
Venha como quem quer apertar minha mão e deseja boa sorte,
Venha como quem chegar atrasado, mas aparece,
Venha sem culpar os deuses, sem medo dos deuses,
Venha feliz,
Venha em paz,
Não tragam flores para meu túmulo,
Nunca cultivei nada,
Até agora fiz uns poemas sem cultivo necessário,
Até agora, nunca mostrei, mas só amei minha cidade,
Até agora, fui, sou tão estranho em sentimentos.
Poeta que beber muito; sempre inventa palavras novas.
Não tragam flores para meu túmulo,
Quando ao cemitério tiver que entrar,
Ver,
Se Junior está,
Se magno está,
Se o cego está,
Se Walter está,
Bem, se estiver que me carregue...
Pois vou a boas mãos!
Não tragam flores para meu túmulo,
Que sabe, um poeta posso falar de amor,
Quem sabe um bêbedo pode discursar toda paz que numa dose,
Quem sabe uma amante possa falar de seu desejo, sem culpa!
Quem sabe!
Não haja morto,
Não haja medo,
Não haja cidade,
Não haja poeta,
Que seja simples e apenas circulo,
Que seja rodício,
Que seja natural...
Que seja o corpo,
Mortalha de um espirito imortal!