Prisão Perpétua


Posso recorrer e não o quero
A pena na dor da rima é digna 
Cela de palavras que exagero

Pedra fria onde choco poesia

Posso ser odor na cor da rosa
Entre assédios doces do amor
Romper das correntes a prosa
Subverter sentinelas do horror

Posso escapar entre subornos
Por sobre os muros e adornos
Dissolver meu anormal lirismo 
Quebrar o cadeado do cinismo

Posso fugir estéreo, mas fico
Onde escondo meu sacrifício
Calabouços, pedras e cofres
E gosto do mofo das estrofes
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 07/11/2015
Reeditado em 09/11/2015
Código do texto: T5441290
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