Olhe para fora
O anjo olhou e viu coisas inexplicáveis
O homem olhou e viu coisas inimagináveis
A criança olhou e viu que era bom,
parou juntou todos os destroços
e ficou a tarde toda brincando.
Assim são todas as imagens,
um acumulado de coisas boas e ruins
se olharmos como anjos,
talvez não conseguiremos explicar.
Se olharmos como homens,
talvez nada nos virá no pensamento.
Tentemos então olhar sem a razão
Fitarmos somente os destroços.
Deixemos as cores, o vento e
de lado o sofrimento.
Vamos ver que dentro,
ali esparramado, existe um sentimento.
O sentimento esperando ser refeito e
moldado outra vez dentro do peito.
Olhe como criança, sem razão,
sem enigmas, nem sentido de tormento.
Dê cores aos movimentos, imagine,
algo sem nexo, faça diferente,
sem olhar dentro da mente.
Não seja tão normal.