Dualidade...
No início eu nem sabia que era dois seres.
Um, sem graça, feito de carne, pele e ossos...
Outro, edificado a dedo, faz o mundo que quer.
Sou grato ao meu eu letral, que me salva do outro.
Ele tece o amor que almejar; se coloca no ato e vive.
Tarde da noite a minha parte tediosa terá dor de cabeça.
A outra brindará (em sonhos) com Drummond e Pessoa!