Desconstrução

Ele sempre amou como se fosse a última

Trata sua mulher como se fosse a última

E o seu filho, como ele, é único

Não atravessou a rua, o Sol ainda tímido

Sentou no seu carro, que dele fez máquina

Agradeceu por suas cinco amizades sólidas

Pessoas com pessoas num cubo mágico

Seus poemas embotados de rima e lágrimas

Sua vida era descansar, e todo dia era sábado

Preferia carne, arroz e ovo a qualquer banquete de príncipe

Bebeu Coca-Cola e arrotou como se fosse um alívio

Ligou o som no máximo para viajar em música

E gargalhou bem alto como se fosse pândego

E o avião no ar como se fosse pássaro

E ele , no chão, a seguir com o olhar como se fosse raro

Sentou no chão em meio ao grande público

Viveu na contramão atrapalhando os estúpidos

RAPHAEL BARBOSA
Enviado por RAPHAEL BARBOSA em 07/11/2015
Código do texto: T5440609
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