Poesia Provocada

Vejo a lua provocando meus versos,
O ar agarra nos becos dos pulmões,
Os dedos tremem, sem trato e tato,
Descompasso a razão pela loucura.
 
Amasso a história no diário virgem,
Levanto a lona suja do circo triste,
Desfaço os meios para reter o fim,
Escrevo no desejo limpo sem rimas.
 
Vivo no cume rijo do bico do seio,
Deformo a linha fina do horizonte,
Ontem, deitei minha culpada paz,
Absolvido, nasci hoje vago poeta.
 
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 04/11/2015
Reeditado em 09/11/2015
Código do texto: T5438099
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