Poesia Provocada
Vejo a lua provocando meus versos,
Os dedos tremem, sem trato e tato,
Descompasso a razão pela loucura.
Amasso a história no diário virgem,
Levanto a lona suja do circo triste,
Desfaço os meios para reter o fim,
Escrevo no desejo limpo sem rimas.
Vivo no cume rijo do bico do seio,
Deformo a linha fina do horizonte,
Ontem, deitei minha culpada paz,
Absolvido, nasci hoje vago poeta.