“It’s the end of the world as we know it.”*
Nada, por nada haver o que se passa, adições,
Preâmbulos mal calculados, mira asa delta passante,
Descanso do pescoço, o que resta são cinco contra um,
Das formas que pouco informa, estrelas caídas,
Papel de embrulho, cortina sendo pendurada, cismas,
Areia mais vermelha com a próxima bomba, fétida,
Estilhaços sangrentos com desculpas das torres,
Toda a farsa revisitada na gula & na predação,
Pula feito gás que mal sabe explorar, lástimas,
Corda para amarrar cães, toda a bosta solta nas ruas,
Crava os dentes na pele nua, acorda de novo, sonhos,
Ainda bem que alguém está feliz, acordes soltos,
O Sol da tarde tempera a passagem, tão rápida,
Conta as cruzes fincadas ao longo do caminho sem luz,
A solidão é a sobra constante, brisa no telhado de vidro,
Prisma refletindo espectros vindos de Alfa-Centauro,
Das letras enfeitiçadas, moedas coletadas com o vazio,
Quando nada mais se move, apenas o dia & a noite,
O vento & a chuva, além do errante caminhante,
O esquisito não é a angústia, mas a ignorância,
O não perceber como tudo terminou assim...
Peixão89
(É o fim do mundo tal qual o conhecíamos. – Sérgio Dávila – Revista da Folha – 17.06.2007)