Os Marinheiros e a Tempestade
Mar revolto, ondas imensas, ventos intensos,
Uma escuridão que parece tomar conta do mundo todo,
Uma cordilheira de ondas e um vale assustador abaixo,
Mandei recolher as velas dos dois mastros, a fim de salvá-las,
Amarramo-nos no balaústre do convés, senão seríamos tragados,
Ninguém estava lá embaixo, nos cômodos, banheiros e cozinha,
Ninguém queria morrer escondido, afogado pela água do mar,
Poseidon estava enfurecido, queria nos fulminar, destruir tudo,
Dei as minhas últimas ordens, “à bombordo, deixem o leme travado!,”
Uma imensa coluna de vento quase vira a nossa embarcação de lado,
Os meus marinheiros já se despediam entre si, desesperados,
Uma onda de quarenta metros quase emborcou o nosso navio,
Todo molhado, fiz o sinal da cruz, apesar de não ser religioso,
Vejo uma imensa muralha de água se aproximando, talvez 60 metros,
Segurei com força um dos mastros e confirmei os nós de marinheiro,
“Precisamos resistir,” disse a mim e a todos...