Delírio de Palavras                       

 Eu escrevo versos ao meio-dia
 E a morte ao Sol é uma cabeleira
                   
                     António Ramos Rosa

No delírio do meio-dia as palavras
silenciam a amargura do meu ser
por campinas desbravadas
numa morte impossível

São gotas de orvalho
ao pôr do sol no horizonte
no sepulcro da poesia
esquecida  vulnerável

Na penumbra do céu
esgueiram-se beijos de amor
na quietude da praia vulnerável
por um luar cinzento.

pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 27/06/2007
Reeditado em 08/02/2010
Código do texto: T543598