Versos
Os meus versos saem soltos,
Deslizam pelos meus dedos,
Á mercê, da liberdade da pena.
Descrevendo nos borrões, os sentimentos
Falando das dores, das cores,
Dos voláteis amores...
Buscando guarida na folha.
Inerte até o momento,
Que empresta, o corpo pálido,
Para que aconteça, a gênesi das idéias expressas!
Idéias, que nascem,
No cerne de minha alma.
Quebrando a dureza, com a beleza das palavras.
Os versos, são pássaros na praia.
Pingos escuros pintados na tela,
Na aquarela das letras.
Mergulham em mim com vontade,
De gaivota no mar...
Matando a fome de expressar,
Tudo o que sinto,o que tenho,o quero ser,
Os mares em que navego.
Dos anseios, medos, vontades...
Ilusões, utópicas verdades.
Os sonhos do meu coração.
As asas da imaginação,
Tem vontade própria.
Entoa canções nos ares,
Ilude emoções.
Pérpetua amores,
Encanta-se com as flores.
Chora de saudades!
Os versos, saem soltos...
E é tão bom voar!
Pensar, no abstrato,
Que de fato.
Só no sonho... se pode abraçar.
Envolve o mundo, nos laços do amor.
Planta na mente, a esperança do nascer do sol.
Vagando no tempo, com a luz do amanhã, a me guiar.
Solto as rédeas da solidão.
E deixo meu corpo,
Procurar companhia nas colinas,campinas.
Nos planaltos...nos altos e baixo.
Do solo do meu coração,
A ilusão de um amor escondido.;
Que domina nífas de mim.
E desembestam pelas florestas
Como amazonas galopantes,
Com seus arcos em punho,
Flexando os amantes.
Sem vergonha do agora,
Ser única, singular no meu tranpor o vento,
Amparado por meus planos feitos de blumas...
Tendo como companheira as estrelas,
Do céus... dos mares.
Sozinha nos ares,
Sem medo de estar.Estou!
Navego sem rumo,
Sem receio, sem hora... nem ida, nem vinda.
Solta no acaso, dopada de sonhos.
chorando , sorrindo, vivendo.
Esfolando os joelhos nas pedras,
Das estradas que ando,
Procurando o arco-íris,
E seu pote escondido,
Em algum coração.