BALADA DOS CINCO SENTIDOS
Quando só o olho se apaixona
Sem consultar ouvido e olfato,
E sequer dá satisfação ao tato,
A melhor razão nos abandona
Pois a imagem esconde o fato.
Se é o ouvido que se encanta,
Mas a visão não é consultada,
E a cinestesia não é informada,
A confusão costuma ser tanta,
Que a mente fica atrapalhada.
Se o tato por si mesmo decide,
Mas o ouvido não tem ciência,
E do olho não obteve anuência,
O que resulta disso é uma lide,
Que pode nos levar á demência.
Se ao olfato se dá competência
Para prolatar uma sentença final,
Mas tato e olhos não derem aval
E o ouvido não bate continência
Isso só pode acabar muito mal.
Pois cinco sentimos nós temos,
E a nenhum se deve por antes,
Já que todos são importantes
No mundo em que nós vivemos.
Que Deus dê a todos acuidade
Mas a nenhum conceda prioridade
Que o coloque dos outros á frente.
Pois que deles todos precisamos
E é quando um deles perdemos
Que alguém se torna deficiente.
Quando só o olho se apaixona
Sem consultar ouvido e olfato,
E sequer dá satisfação ao tato,
A melhor razão nos abandona
Pois a imagem esconde o fato.
Se é o ouvido que se encanta,
Mas a visão não é consultada,
E a cinestesia não é informada,
A confusão costuma ser tanta,
Que a mente fica atrapalhada.
Se o tato por si mesmo decide,
Mas o ouvido não tem ciência,
E do olho não obteve anuência,
O que resulta disso é uma lide,
Que pode nos levar á demência.
Se ao olfato se dá competência
Para prolatar uma sentença final,
Mas tato e olhos não derem aval
E o ouvido não bate continência
Isso só pode acabar muito mal.
Pois cinco sentimos nós temos,
E a nenhum se deve por antes,
Já que todos são importantes
No mundo em que nós vivemos.
Que Deus dê a todos acuidade
Mas a nenhum conceda prioridade
Que o coloque dos outros á frente.
Pois que deles todos precisamos
E é quando um deles perdemos
Que alguém se torna deficiente.