.... UTOPIA ....

Quando dei por mim

Já era tarde

o mundo havia mudado.

Então parei…

Embora o tempo não houvesse parado.

As pessoas já não eram as mesmas…

Sentir restos de dor dissipados,

Nenhuma fantasia.

Estranhei…

Procurei olhar bem por dentro de mim

Tentando encontrar algum indício ,

um sinal que preenchesse essa lacuna

ou me guiasse onde as pudesse achar.

Ou me achar…

Acho que errei…

Fiz da ilusão passaporte para o indefinido.

Por onde andei esse tempo todo?

Por onde andei?

Em que mundo mergulhei...

existem Fugas insensata querendo permanecer,

Querendo viver a utopia da poesia que criei

onde o mundo era exatamente o que sonhei.

Vejo-me só diante desta multidão desconhecida,

a mesma da qual me dispersei e pertencia

e agora me afasto sem sequer entender.

Será que despertei….

Perdi a contagem dos dias, meses, anos…

Das madrugadas varadas em desenganos,

das manhãs em que nem via o sol nascer

mas o descrevia como quem sempre o vê,

sentindo seu calor e luminosidade,

Vivi o brilho ilusório de felicidade.

Agora é impossível voltar atrás

Voltar no tempo,

Quero desdizer tudo o que foi dito,

Quero dizer que me perdi no que foi escrito

dizer que me perdi no tempo

E o tempo logo agora vem me dizer

Que o Novo esta me chamando

Querendo viver comigo uma vida.

Diz ele que é uma vida sem rumo...

E agora não sei mas ...

se ele esta indo ou chegando,

Se me leva para o começo

Ou esse já é o meu fim.

Victória Moore
Enviado por Victória Moore em 01/11/2015
Reeditado em 01/11/2015
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