.... UTOPIA ....
Quando dei por mim
Já era tarde
o mundo havia mudado.
Então parei…
Embora o tempo não houvesse parado.
As pessoas já não eram as mesmas…
Sentir restos de dor dissipados,
Nenhuma fantasia.
Estranhei…
Procurei olhar bem por dentro de mim
Tentando encontrar algum indício ,
um sinal que preenchesse essa lacuna
ou me guiasse onde as pudesse achar.
Ou me achar…
Acho que errei…
Fiz da ilusão passaporte para o indefinido.
Por onde andei esse tempo todo?
Por onde andei?
Em que mundo mergulhei...
existem Fugas insensata querendo permanecer,
Querendo viver a utopia da poesia que criei
onde o mundo era exatamente o que sonhei.
Vejo-me só diante desta multidão desconhecida,
a mesma da qual me dispersei e pertencia
e agora me afasto sem sequer entender.
Será que despertei….
Perdi a contagem dos dias, meses, anos…
Das madrugadas varadas em desenganos,
das manhãs em que nem via o sol nascer
mas o descrevia como quem sempre o vê,
sentindo seu calor e luminosidade,
Vivi o brilho ilusório de felicidade.
Agora é impossível voltar atrás
Voltar no tempo,
Quero desdizer tudo o que foi dito,
Quero dizer que me perdi no que foi escrito
dizer que me perdi no tempo
E o tempo logo agora vem me dizer
Que o Novo esta me chamando
Querendo viver comigo uma vida.
Diz ele que é uma vida sem rumo...
E agora não sei mas ...
se ele esta indo ou chegando,
Se me leva para o começo
Ou esse já é o meu fim.