Poesia de Bolso 71 ( Réquiem )

Suponho manhãs

Em minhas noites tantas

Pingos de silêncios

O lenho que transporta

A bruta seiva

O pulso

Inelástica veia

Meus gritos

Na garganta congestionada

Da vida ao peso das horas

O despencar das toras

Escombros de versos no escuro

O gato preto absurdo

Nenhuma luz no muro

Apenas os fios

Do sangue nas escarradeiras

Derradeiras como os que morrem.

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 27/06/2007
Reeditado em 26/08/2007
Código do texto: T543417