Poesia de Bolso 71 ( Réquiem )
Suponho manhãs
Em minhas noites tantas
Pingos de silêncios
O lenho que transporta
A bruta seiva
O pulso
Inelástica veia
Meus gritos
Na garganta congestionada
Da vida ao peso das horas
O despencar das toras
Escombros de versos no escuro
O gato preto absurdo
Nenhuma luz no muro
Apenas os fios
Do sangue nas escarradeiras
Derradeiras como os que morrem.