SENTIMENTO ESTRANHO
SENTIMENTO ESTRANHO
Entregando-se aos apelos do desejo inconcebível
Carícias que entranham na formalidade do prazer
Esquece as regras da relação que se quer temível
Jogo erótico descabido, arrefece e tenta convencer
Vai mensageiro enigmático que se abriga no lençol
Avisa que o arauto das orquídeas amarelas aparece
Não suporta chuva, nem lua e também raios de sol
Se regozija no palco escuro do teatro que apodrece
Menino mestiço tem o nome e sobrenome lusitano
Insiste no querer da secreta mania de constranger
Sofre no silêncio sepulcral de uma vida de engano
Entre súplicios de querubins que afirma poder ver
Segue agora o caminho que acredita desde menino
Pois essa campanha encerra de vez sua existência
Distante daqueles que julgam manipular teu destino
Em tola resposta que anuncia o final da resistência
Félix Guanabarino
Fortaleza, Fevereiro de 2005 - No auge da confraria conhecida como ¨Nova Padaria Espiritual¨.