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Hoje pela manhã,

minha poesia me assassinou.

Sem projéteis ou facas,

motivos ou avisos.

Simplesmente me assassinou.

Ela me assassinou.

E já não encontro motivos

pra navegar à deriva;

comemorar os meus dias

ou refazer-me da dor

Sim, minha poesia me assassinou;

sem cúmplices ou testemunhas

seu crime perfeito me prostra

meu sangue é a sua resposta

em carta que ela cunhou.

David Quartieri
Enviado por David Quartieri em 31/10/2015
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