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Hoje pela manhã,
minha poesia me assassinou.
Sem projéteis ou facas,
motivos ou avisos.
Simplesmente me assassinou.
Ela me assassinou.
E já não encontro motivos
pra navegar à deriva;
comemorar os meus dias
ou refazer-me da dor
Sim, minha poesia me assassinou;
sem cúmplices ou testemunhas
seu crime perfeito me prostra
meu sangue é a sua resposta
em carta que ela cunhou.