Espere por favor
Quero ver
Os meus desgostos
Marcados em algum lugar
Decalcado como um sonho
Que se joga inteiro
Para fora da alma e segue
Sorrindo pela margem
Da vida em versos
Para contaminar
A alegria
Com as lágrimas que chovem
Num sorriso saturado
Espere por favor
O silêncio invadiu a flor
Debruçada no sereno
Cheio de prerrogativas
Para cansar
Minha intimidade solitária
Vejo tantas sombras
Quero doar meu silêncio
E me iludir de alegria
Não me espere por favor
Para não mais chorar
As lágrimas que me calam
No canto
Dos meus versos
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