Aquela cama chinesa

Eu contei os carros

até passar de cem

Não aguentei, chorei

eles eram rápidos

O motivo era outro

ela não tinha aceitado

Essa dor é como não ter

a droga no qual é viciado

Uma angústia suprema

bloqueando seus pulmões

destruindo todas razões

tornei-me um animal

acorrentado pelo osso

não adianta se mexer

dói e arde, o ódio nasce

Por que, por que e por quê!

eu fui tão idiota?

A resposta é óbvia

paixão não devolvida

na mesma moeda

é como ser torturado

na cama chinesa

Aquela que de pingo em pingo

lá no meio da testa

enlouquece e mata

toda a esperança

toda a alegria

Até quando isso dura?

talvez, só talvez...

até nascer de novo.