A JANELA

As vezes me pego olhando pra fora da janela,

Esperando por algo que me arrebate,

Algo que me surpreenda e me remova o marasmo;

Nem sempre vislumbro as fagulhas do sol,

Nem sempre recebo a plenitude da lua,

Mas procuro o calor e a serenidade de ambos;

Estar ali, a mercê do improvável me comove e me empurra,

Inexoravelmente, a esperança do amanhã;

Inadvertidas vezes me surpreendo com alguém

Olhando da janela vizinha, com expectativas iguais;

Não raro, cruzamos as vistas num ar de súplica e dúvida,

Quase a perguntar: “e ai, achou?

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 29/10/2015
Reeditado em 14/04/2017
Código do texto: T5430596
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