Poesia Encarcerada
Sentei para um café
Tinha aroma de sonhos
Na xícara, café e palavras
Eu bebo a poesia
A bandeja de metáforas me chega
Ideias em cubos,
Dissolvidas num café de esquina
Esvoaçantes, fogem
Correm, esbravejam, lutam
É um café de esquina
As ideias voltam à xícara
Bebo goles de poesia
A essência que me esquenta o âmago
Correm, esbravejam, lutam
Dentro de mim, não há liberdade
Há ideias em grilhões
Eu sou o cárcere da poesia
que eternamente habita em mim