"POWER POINT"
Visceralmente...
Algo bem perto
Corpo concreto
Mesmo dialeto!
Visceralmente,
Verso direto.
Faca afiada
Lâmina Corada
Alma ceifada.
Visceralmente...
Vida amputada.
Núcleos insólitos?
Traços alegóricos
De sonhos utópicos.
Visceralmente
Versos heróicos.
Sol estrelado
Dom machucado
Tempo pulsado
Visceralmente
Mundo abstrato.
Chão de metáforas
Lentes focadas
Voz embargada.
Visceralmente
Cenas rodadas.
No "power point"
Luz ofuscante
Na fumaça reinante.
Visceralmente
Nada como antes.
No "end point"
Dor Latejante
Em verde ofegante.
Visceralmente
Angustiante.
"Cor" fugitivo
Medo instintivo
Rima gemido.
Visceralmente
Já pressentido.
Vida barganha
Leve façanha
De mútua entranha.
Visceralmente
Força estranha.
A emoção
Na escuridão
Faz turbilhão.
Visceralmente
Vã sedução.
Pulsa saudade
Sempre a debalde
Da luz da cidade.
Visceralmente
Qual tempestade.
Surge a poesia...
Na mesma sina
De ser outro dia,
Visceralmente
Só fantasia.