Nada Ainda - II
Acordo muito para o que vivo.
Tenho dormido pouco para aquilo que quero sonhar.
As horas se esmagam e me prensam em sua convergência insana em dias; a vida recrudesce e se expande e eu explodo em bocejos, em querência vã. Eu suspiro e meu CO² ricocheteia entre nada e lugar nenhum. Sempre há ciscos em espaços vazios.
Sinto sua presença fugaz, quando só.
Cultivo a lembrança última do toque que não houve.
Pulo a parte aborrecida do platonismo.
Um cão vadio se coça sobre um tapete corporativo.
E o rosa de hoje das nuvens se fez saudade do que desconheço.
27/10/2015