Palavras: A Alma Disse - Poesia morta.

(((Segundo ato - TRILOGIA PALAVRAS.)))

E no meu velho amigo novamente repousam as palavras, agora mortas

Venho em versos pesarosos a esta vez, comunicar-lhes, a morte da minha poesia

Se manifestar emoções através das palavras é conceber novos sentimentos

Então meus sentimentos estão mortos, pois minhas palavras jazem sem paixão

Vida que se entende "viva" por sentimentos, alimento necessário

Comumente, sentimentos mortos, palavras mortas, vida vã

Minha alma carrega o peso de mil palavras mortas

Rasteja para sobreviver, esvaindo-se nos de ventos de uma tempestade calada

Morro todos os dias cada vez mais, sem nem mesmo transformar-me em cinzas para renascer

Simplesmente desapareço, pela triste renúncia de seguir

Esse intervalo de tempo, denominado nascer e morrer, está oco, alma só

Expressa-te alma! Porém não há palavras

Cante alma! Porém não há melodia

Sonhe alma! Porém não há inocência

Viva alma! Porém não há um porquê

Sem haver vida, há a morte, ou o que antes nunca existiu

Escrito isso em palavras, tem-se a poesia morta

E não havendo o porquê disso tudo, sigo com meu verso silencioso

Aumentando as paredes, antes descritas, muro angustioso

E apenas o meu velho amigo, segue sendo o meu companheiro

E nessa poesia morta, quem sabe um dia, me farei inteiro