UM RARO CHÂTEAU
Nas veias entorpecidas de Baco
Devaneio feito Quixote em ébrio
Minha mente absorve o impacto
Às puras ninfas lanço meu assédio
O sangue escorre dentro da taça
Em papel meu coração embrulho
Das manchas faço minha desgraça
Meu corpo podre jaz em entulhos
Pro poeta so resta o limbo
E os demônios da solidão
Antes fostes um anjo lindo
Hoje não passas de ilusão
Na taberna minha alma deixei
Encerrada em um raro Château
No futuro, ávido então beberei
Minha vida que o tempo levou